Universidade Estadual Vale do Acaraú – UVA
Curso de Pedagogia em Regime Especial
Região Centro Sul / Cidade de Ipaumirim
MEMORIAL DE FORMAÇÃO DOCENTE PLANEJAMENTO PARTICIPATIVO NA ESCOLA DE ENSINO FUNDAMENTAL
DR. JARISMAR GONÇALVES DE MELO EM IPAUMIRIM
ALUNA: Josefa Maria Leite
ORIENTADOR: Aloízo Lima
Ipaumirim – Ceará
Outubro / 2003.
Universidade Estadual Vale do Acaraú – UVA
Curso de Pedagogia em Regime Especial
Região Centro Sul / Cidade de Ipaumirim
MEMORIAL DE FORMAÇÃO DOCENTE
PLANEJAMENTO PARTICIPATIVO
ALUNA: Josefa Maria Leite
ORIENTADOR: Aloízo Lima
Ipaumirim – Ceará
Outubro / 2003
Universidade Estadual Vale do Acaraú – UVA
Curso de Pedagogia em Regime Especial
Região Centro Sul / Cidade de Ipaumirim
Coordenação Geral: Paulo de Melo Jorge Filho
Coordenação Pedagógica: Virna Sancho Nascimento.
Coordenação de Estágio: Iracivan Araújo Manso
Trabalho final da Disciplina de Estágio Supervisionado do Curso de Pedagogia em Regime Especial da Universidade Estadual Vale do Acaraú, unidade de Ipaumirim, apresentado como pré-requisito para a obtenção da graduação em Licenciatura Plena, sob a orientação do professor Aloízo Lima.
Acadêmica: Josefa Maria Leite
Professor Orientador: Aloízo Lima
Aprovado em _____________________________________________________
Assinatura do Professor _____________________________________________
DEDICATÓRIA
Dedico este trabalho à minha mãe, Chaguinha, uma mulher forte, corajosa e amiga que me incentivou muito nesta longa caminhada, motivo maior da minha luta, é o maior troféu de todas as minhas vitórias desta minha existência.
AGRADECIMENTOS
A Deus, pela fé, esperança e a determinação que tive ao longo desta jornada e por ter tornado o meu sonho realidade.
Ao meu esposo Jarismar, e meus filhos Jandérlis e Jamirlis fiéis companheiros nesta minha trajetória.
Ao meu pai e meus irmãos pelo apoio.
A minha amiga Tereza que me incentivou a fazer este curso.
Aos meus colegas, pelo companheirismo durante este percurso.
Ao meu orientador Aloizo, por ter ajudado-me a tornar um sonho em realidade.
“Ser professor é a certeza de que faz parte de sua tarefa docente não apenas ensinar conteúdos, mas também ensinar a pensar certo”.
Paulo Freire.
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO 1
CAPÍTULO I – HISTÓRIA DE VIDA 3
1.1 – Relato Histórico da Formação Escolar 3
1.2 – Relatório Histórico da Trajetória Profissional 7
CAPÍTULO II – FORMAÇÃO ACADÊMICA 9
2.1 – Gênese e Caracterização do Curso de Pedagogia em Regime
Especial 9
2.2 – Contribuições das Disciplinas do Curso para a Prática
Docente 10
CAPÍTULO III – DESCRIÇÃO ANALÍTICA DA PRÁTICA DOCENTE 12
3.1 – Contextualização do Campo no Estágio (Diagnóstico da Escola) 12
3.1.1 – Dados de Identificação da Escola 12
3.1.1.1 – Localização 12
3.1.1.2 – Aspecto Histórico 12
3.1.1.3 – Concepção Filosófica 13
3.1.1.4 – Objetivos 14
3.1.1.5 – Projeto Pedagógico e / ou Regimento 15
3.1.2 – Estrutura Organizacional 17
3.1.2.1 – Corpo Técnico Administrativo 17
3.1.2.2 – Corpo Docente e Técnico Pedagógico 17
3.1.2.3 – Corpo de Funcionários 19
3.1.2.4 – Corpo Discente 19
3.1.3 – Proposta Curricular 20
3.1.3.1 – Nível e Modalidade de Ensino 20
3.1.3.2 – Quadro de Matrícula 20
3.1.3.3 – Grade Curricular 22
3.1.3.4 – Atividades Pedagógicas Complementares 23
3.1.4 – Estrutura Física 23
3.1.4.1 – Salas de aula 23
3.1.4.2 – Salas especiais, Leitura e Vídeo 23
3.1.4.3 – Pátio para Recreação 24
3.1.4.4 – Salas para o Setor de Administração 24
3.1.4.5 – Laboratório / Auditório 24
3.1.4.6 – Biblioteca 25
3.1.5 – Reflexão Descritiva sobre o Diagnóstico da Escola 25
3.2 – Paralelo Entre a Minha Prática Docente Antes e Depois do Curso,
Destacando o Planejamento, sua Execução e Avaliação 27
3.3 – Auto-avaliação da Prática Docente 29
3.4 – Relatório do Mini-curso Corte e Costura 31
CAPÍTULO IV – PLANEJAMENTO PARTICIPATIVO NA ESCOLA
DE ENSINO FUND. DR JARISMAR GONÇALVES MELO 34
4.1 - Descrição do Tema 34
4.2 – Planejamento em Questão 36
4.2.1 – Levantamento da Problemática 36
4.3 – Análise do problema 37
4.3.1 – Retrospectiva Histórica 37
4.4 – Possibilidade e Necessidade do Planejamento 39
4.4.1 – É Possível Transformar a Realidade 39
4.4.2 – Professor com Agente de Transformação 39
4.4.3 – Necessidade do Planejamento 41
4.4.4 – Contribuições do Planejamento 41
4.5 – Planejamento Enquanto Instrumento para a Práxis Pedagógica 42
CAPÍTULO V – PERSPECTIVAS APÓS O CURSO 47 5.1 – Minhas Perspectivas Após o Curso 47
5.2 – Minhas Sugestões para a Melhoria da Educação Brasileira 48
5.3 – Análise da Prática Pedagógica à Luz do Tema Desenvolvido 49
CONCLUSÃO 50
REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS 51
INTRODUÇÃO
No presente trabalho, procuro relatar todas as minhas experiências vivenciadas por mim, o aprendizado do dia a dia e especificamente todos os conhecimentos adquiridos durante este curso de Pedagogia.
O Primeiro Capítulo deste memorial relata a História da minha vida escolar, as dificuldades encontradas, experiências adquiridas e os fatos históricos ocorridos na época.
O segundo Capítulo trata da Formação Acadêmica; Gênese do curso de Pedagogia e Contribuição do curso para a prática docente que foram de grande importância. A implantação deste curso no município de Ipaumirim tem trazido grandes benefícios para os profissionais da área de educação e também à sociedade de modo geral.
O Terceiro Capítulo mostra a discrição Analítica da Prática Docente. Faço a contextualização do Curso do Estágio. Faço também um breve paralelo entre esta prática antes e depois do curso em termos de planejamento, execução e avaliação.
O Quarto Capítulo, relato especialmente o tema do memorial Planejamento Participativo na Escola Dr. Jarismar Gonçalves Melo. Pretendo com este trabalho um desenvolvimento mental para cada docente, tendo sempre como objetivo transformar a realidade global do alunado.
No quinto capítulo discorro sobre as perspectivas após o curso, melhorias na prática docente e as contribuições para a educação no município de Ipaumirim, ao mesmo tempo, que sugiro algumas mudanças que visam melhorias no campo da Educação brasileira, onde o educador é um dos principais sujeitos desta mudança.
CAPÍTULO I
História de Vida
1.1- Formação Escolar
A minha trajetória escolar não foi nada fácil. Para ingressar na escola, não foi pela vontade do meu pai, ele era um pouco rígido e achava que a educação escolar não era necessária, mas graças ao interesse da minha mãe que deu o grande incentivo de ir a escola, fez com que ele repensasse e liberasse os filhos para estudar e poder se preparar para a vida futura.
Cursei a 1ª e a 2ª séries, na escola da zona rural. O ensino era de péssima qualidade. Eu sempre era aprovada, mas não sabia ler, não tinha nenhum conhecimento cientifico, só sabia apenas escrever palavras, sem saber o significado, era tudo na base da “decoreba”.
No 3º ano, minha mãe matriculou-me na Escola de 1º Grau D.Francisco de Assis Pires, na cidade, onde concluí o 1º Grau Completo. No primeiro dia de aula, a professora verificou que eu não tinha capacidade de acompanhar a 3ª série, então ela voltou-me para refletir a 2ª série. Foi lá, que eu consegui alcançar meus objetivos. Fui alfabetizada, e era uma das melhores alunas da sala de aula, muito elogiada pelo professor.
Nos primeiros dias de aulas eu me sentia um pouco tímida na escola, sentia-me como um “peixe fora d’água”, mal abria a boca. Como estava vindo da zona rural, o primeiro contato com os colegas era quase sem diálogo. Com o tempo, fui ficando mais confiante e segura, conseguindo ser mais participativa.
As aulas eram bastantes interessantes o conteúdo era bem explorado, com perguntas orais, levando o aluno ao quadro, e isso levava ao aluno a ser mais dedicado aos seus estudos.
Os professores que mais marcaram a minha vida, foram de matemática: Tetê Batista, professora da 5ª a 8ª série. Sua autoridade de professora era baseada na sua competência. Lembro-me muito bem que ela ditava as regras da matemática e na hora da explicação ela dizia: “Lápis e papel em cima da carteira e os olhos no quadro”, todos os alunos aprendiam e eu era sempre nota 10. O professor Zeno Trigueiro que dava aulas no ensino médio tinha a mesma competência, onde todos alcançavam seus objetivos.
A forma de avaliação era feita através de provas escritas, nada em cima da carteira e bem distante de uma carteira para outra. Tenho saudades deste método de ensino rígido e severo, pois acredito que foi assim que obtive um bom resultado para dar continuidade na construção da minha própria obra educacional na minha formação. A questão da exigência que nos vinha como forma de cobrança, alimentava uma certa competividade entre colegas, cada um queria mostrar que era o melhor e tirava notas melhores.
A relação professor/aluno dava-se da seguinte maneira: professor do no saber autoridade máxima em sala de aula, o aluno obedecia suas ordens, submisso as suas coordenadas, quase não tinha oportunidade de questionar com o professor. O relacionamento com meus colegas, era perfeita, ia além do fraterno, existia uma cumplicidade, pois os mesmos eram bem intercionados, estudiosos e sempre dispostos a contribuir.
A diretora e todo o núcleo gestor da escola, controlava muito bem os alunos, conseguia manter todos em sala de aula de aula, exigindo sempre uma boa qualidade na aprendizagem.
A família não tinha tanta influência ou participação na escola, como nos dias de hoje. Somente uma vez, a cada bimestre, o pai ou responsável iria assinar o boletim escolar.
A tendência pedagógica predominante era a progressista libertadora que tem como referencial teórico Paulo Freire. Esta tendência predomina, porque caracteriza mudança na sociedade. E tem como objetivo lançar informações sobre o aluno. Dentro dessa pedagogia o conteúdo de ensino desperta uma nova relação com a experiência vivida.
Com toda dificuldade concluí meu 1º e 2º Grau. Foi uma batalha muito difícil. Pois do sitio todos os dias, de bicicleta percorrendo 12km na estrada, não é tão fácil! Somente quem sonha em vencer na vida, luta tanto para ter uma boa educação e alcançar seus objetivos. Agradeço muito à Deus pelas conquistas e aos professores pela compreensão e dedicação com seus alunos e incentivo para que todos pudessem crescer nessa longa caminhada.
Durante essa trajetória da minha vida escolar, vários acontecimentos marcaram na minha vida Histórica. Os maiores foram de caráter político, que mudaram para sempre o rumo da nossa História. Entre elas podemos citar as “Diretas Já”, onde o País inteiro foi mobilizado por esta campanha, com comícios, passeatas, encontros, gerando nos brasileiros, expectativas e aspirações de mudanças. Veio então a instalação da Nova República com a eleição de Tancredo Neves em 1985. Tancredo representava para nós a salvação dos nossos destinos através do seu pensamento “revolucionários” da mudança, da transformação e reconstrução de um novo país. Tancredo morre e José Sarney assume, nasce uma nova fase na História da República. Nossa moeda na época, o cruzeiro passou para o cruzado. Veio a Constituinte em 1988, eleições para governadores, senadores e deputados. É eleito Fernando Collor de Melo, ficando no poder, pouco mais de 2anos. O seu governo provocou no povo brasileiro sentimento de revoltas e indignação em suas virtudes dos seus atos de corrupção. A população através dos “caras pintadas”, foram as ruas pedir renúncia de Collor. O seu IMPEACHMENT. Itamar Franco governou temporariamente e nomeou o Senador Fernando Henrique Cardoso como um novo comandante da economia. Após assumir o Ministério da Fazenda, Fernando Henrique anuncia o Plano Real, que tinha como objetivo acabar com a inflação e estabilizar a e economia. No dia 1º de julho de 1994, entrou em vigor uma nova moeda, o Real. O plano ganhou apoio da população. Aos poucos o nome de Fernando Henrique começou a ser cogitada para disputar as eleições presidenciais de 1994. Este foi eleito com 55% dos votos. Em 1998 foi reeleito novamente.
1.2- Formação Profissional
A minha trajetória profissional teve início quando eu estava cursando o 1º ano básico.
Fui escolhida pelos moradores do sítio, pois todos sabiam da minha capacidade e por isso fui nomeada. Aos 16 anos, já assumi uma sala de aula com uma turma de multeseriado. Lá comecei fazendo um trabalho difícil, mas apesar de não ter experiência, o meu objetivo era preparar os alunos para intelectual, moral e social. E como educadora, a minha pedagogia era progressista, porque conseguia o objetivo desejado, onde os alunos eram bastante interessados com um bom rendimento.
Hoje me orgulho quando vejo alguns alunos que passaram parte de suas vidas estudando comigo e que já terminaram o 2º Grau ou que ainda continuam nesta luta pelo saber.
Atualmente continua nesta luta com o mesmo prazer e dedicação. Não foi a toa que eu ingressei nesta área, foi por amor a profissão. Adoro estudar e descobrir coisas novas.
E para me aperfeiçoar mais na prática pedagógica, eu tinha um sonho de prestar vestibular, mas infelizmente minhas condições financeiras eram poucas e acabei me conformando. Mas graças à Deus veio esta oportunidade de funcionar uma Universidade na minha cidade com o curso de Pedagogia. Então fiz o vestibular, fui aprovada e hoje estou finalizando este curso. O curso de Pedagogia foi escolhido, porque faz parte da minha prática docente.
Durante essa trajetória existe outro fato marcante, que foi o dramático atentado terrorista no dia 11 de setembro de 2001, contra os EUA pelo grupo Al Quaeda, destruindo as Torres Gêmeas em Nova York e o Pentágono em Washington e muitas vítimas fatais. Osama bin Ladem foi o responsável pelo atentado que espalhou pânico pelo mundo. Isso marcou profundamente as nossas vítimas.
Durante este período participei do I Seminário de Integração e Renovação da Prática Pedagógica, promovido pela Prefeitura Municipal de Ipaumirim, em convênio com o Ministério da Educação e do Desporto, realizado no período de 17 a 28 de julho de 1995, na Secretaria de Educação do município com uma carga horária de 8ohoras.
CAPÍTULO II
Formação Acadêmica
2.1- Gênese do Curso de Pedagogia em Regime Especial
A universidade Estadual Vale do Acaraú - UVA, está localizada na cidade de Sobral que é caracterizada pelo pólo de desenvolvimento sócio-econômico e cultural da Zona Norte do Estado do Ceará e que atualmente há filiais em várias cidades e até mesmo em outros Estados.
Na Região Centro Sul do Estado do Ceará, Ipaumirim foi privilegiado, por funcionar a UVA, que tem como coordenador da região, o professor Petrola.
Com a nova LDB, Lei de nº 9.394/96, § 4º, artigo 87, até o fim da década da educação somente serão admitidos professores habilitados em nível superior ou formados por treinamento em serviço. Diante desta exigência, visto que nos enquadrávamos nesta situação, foi criado o Curso de Pedagogia em Regime Especial aqui em Ipaumirim, graças ao empenho e determinação da professora Ana Maria que não mediu esforços para tornar possível a nossa atual realidade. Mesmo consciente da obrigação dos Estados e Municípios em dispor de plano de carreira e remuneração do magistério, que tem como prioridade garantir o padrão profissional dos educadores da rede pública, ditando regras, principalmente para professores leigos, não conseguimos contar com a ajuda do município. Felizmente isso não impediu a implantação do curso aqui em Ipaumirim. Em Janeiro de dois mil, teve inicio o curso de Pedagogia, com a finalidade de oferecer aos professores, um curso superior, tornando-os capazes de desenvolver sua prática docente com mais segurança e o conhecimento necessário para ocuparem seus cargos, como também ampliar a visão do mundo do educador, dando-lhes uma nova postura diante dos seus alunos e da sociedade.
2.2 Contribuições das Disciplinas do Curso Para a Prática Docente.
Falar da importância e das contribuições das disciplinas deste curso é gratificante para mim. Consciente do valor especifico de cada uma, dou ênfase a algumas que permitiram-me uma melhor compreensão da minha prática docente. Hoje, minha postura de educadora é de boa competência.
As disciplinas que mais favoreceram para mim contribuir na sala de aula foram:
Didática e Metodologia Aplicada ao Ensino Fundamental e Médio. Estas veio para enriquecer meus conhecimentos sobre a pedagogia e esclarecer minhas dúvidas, sobre as tendências pedagógicas, planejamento escolar, o ato de avaliar no cotidiano de sala de aula e a relação teoria e prática na didática. Ela deu-me a direção certa a ser seguida e definiu-me na minha tendência pedagógica.
Outra disciplina que veio para enriquecer meus conhecimentos foi Política Educacional e Social, a partir da mesma passei a ter outra visão do que realmente é política social, e como desenvolver o senso crítico e como ser ser cidadão participativo e consciente.
Enfatizo ainda Fundamentos Filosóficos e Sociológicos da Educação. Foi a partir dela que comecei a conhecer o processo histórico da educação, a vida de alguns filósofos que em muito contribuíram para o desenvolvimento da educação.
Quero citar Metodologia do Trabalho Cientifico e a sua importância no desenvolvimento de trabalhos através de pesquisas, esquemas e resumos. Não posso deixar de falar da Prática de Ensino que nos mostrou e fez entendermos textos importantes que pode ser colocados na prática do educador como: autoridade do professor, planejamento e avaliação que fazem parte da nossa pedagogia.
A Estrutura e funcionamento do Ensino fez com que nós pudéssemos conhecer melhor as Leis da Constituição Federal e da LDB.
Todas as disciplinas foram de extrema importância para este curso e tiveram da minha parte uma compreensão melhor despertando novas idéias, fortalecendo de formas bastante significativas o meu futuro profissional.
CAPÍTULO III
Descriminação Analítica Da Prática Docente
3.1 Contextualização do Campo do Estágio ( Diagnóstico da Escola)
3.1.1 Dados de Identificação da Escola
3.1.1.1 Localização da escola
A referida escola está localizada na Avenida Dr. Arruda nº 37, Ipaumirim, Ce tendo como ponto de referência, uma ponte estreita e um riacho ao lado direito.
A atividade comercial que prevalece neste município é a agricultura.
A vegetação é do tipo como planta xerófilas que resistem as intempéries do clima.
Essa região é árida, quente e seco.
3.1.1.2 Aspectos Históricos
A escola de ensino fundamental Dr. Jarismar Gonçalves Melo, recebeu este nome, em honra ao filho e líder político de Ipaumirim, Juiz de Direito, no ano 1999.
A referida escola era localizada na Rua: Miceno Alexandre, onde antes funcionava um hospital. É claro, que houve algumas reformas para torna-la escola. A mesma iniciou o seu trabalho com o fundamental I.
Em 2001, cresceu o número de alunos. O prédio não tinha espaço para o total de alunos. O prefeito atual alugou durante o período da tarde, o prédio da CNEC, onde funcionava o Centro Educacional XI de Agosto.
Em 2002 a CNEC fechou por falta de recursos dando oportunidade de transferência da escola da rua: Miceno Alexandre para a Avenida Dr. Arruda, 37.
Até hoje a escola continua funcionando neste mesmo prédio, com o ensino fundamental I e II. A escola só teve a crescer durante este período de funcionamento tem um ensino de boa qualidade, professores capacitados e administradores competentes.
3.1.1.3 Concepção Filosófica
O construtivismo é a concepção filosófica adotada pela escola, que acredita que dessa forma se pode chegar a uma aprendizagem perfeita. A filosofia adotada pela escola prima pela valorização dos aspectos pessoais de cada membro componente da comunidade escolar, e, utiliza-os como uma maneira de dar maio, incremente a educação. A escola também recebe influências de diversas correntes filosóficas modernistas, sem seguir uma linha rígida de pensamento, desde de que contribuam para dar mais ênfase a aprendizagem.
Para que tudo ocorra em perfeita sintonia se concilia às reuniões de pais e mestres com regularidade, como também as visitas das famílias no “Dia Nacional da Família na Escola”, onde se tem a liberdade de expor as idéias sem nenhum constrangimento.
Ao lado disso ocorre atividades esportivas e culturais levadas ao conhecimento da comunidade com precisão, sendo também um lado importante o planejamento do professorado bastante assíduo, gerando uma perfeita harmonia entre os diversos níveis de ensino.
A política escolar tem se preocupado em dar ênfase a um trabalho disciplinar a fim de moralizar o aluno problemático.
3.1.1.4 Objetivos:
ü Atender aos alunos desde a sua mais tenra idade até que chegue a fase adulta, respeitando as diversas etapas do crescimento humano.
ü Preparar o aluno a vida, para o mercado de trabalho e para o livre exercício e sua cidadania.
ü Compreender a cidadania como participação social e política, assim como exercícios de direitos e deveres políticos, civis e sociais, adotando no dia-a-dia, atitudes de solidariedade, cooperação e repúdio às injustiças, respeitando o outro e exigindo para si mesmo o respeito.
ü Utilizar as diferentes linguagens - verbal, musical, matemática, gráfica, plástica e corporal - como meio para produzir, expressar e comunicar suas idéias.
3.1.1.5 Projeto Pedagógico e/ou Regimento:
A Escola de Ensino Fundamental Dr. Jarismar Gonçalves Melo sediada na Av. Dr. Arruda s/n, Município de Ipaumirim, Estado do Ceará, criada pela Lei Municipal nº 05/99 no dia 21/01/1999 e inaugurada no dia 06/03/1999, pertencente à Rede Municipal de Ensino, sociedade civil de fins educacional.
São objetivos do estabelecimento:
Gerais-
ü Principiar o ensino fundamental ao educando, a formação necessária ao desenvolvimento de suas potencialidades como elemento de auto – realização, preparação ou qualificação para o trabalho e o exercício consciente da cidadania.
Específicos
ü Propiciar o desenvolvimento global do educando preparando-o para uma convivência sadia e um satisfatório desempenho na fase de escolarização regular.
ü Formar o educando utilizando conteúdos e métodos de acordo com as fases do desenvolvimento do indivíduo, tendo em vista a preparação para a cidadania, a convivência social e para o trabalho.
ü Formar, integralmente o educando com a devida preparação e/ou qualificação para o trabalho.
ü Desenvolver a interação de todos os setores que compõem o estabelecimento visando a melhoria do processo de ensino aprendizagem.
O ensino será ministrado de modo a atender as diferenças individuais dos alunos, visando orienta-los convenientemente conforme seus interesses e aptidões.
A escola oferece Educação Básica no Nível de Ensino Fundamental onde são ministradas as disciplinas Língua Portuguesa, Língua Inglesa, Matemática, História, Geografia, Ciências, Artes, Religião, Técnica de Redação, Literatura, Educação Física, e os que vierem a ser autorizadas visando desenvolver um trabalho de transformação dos alunos em cidadãos críticos.
A escola deverá manter em sua estrutura os seguintes órgãos: Conselho Escolar, Direção, Direção Pedagógica, Congregação dos Professores, Secretaria, biblioteca, Arquivo, Serviço Auxiliares e Comunidade Escolar.
O Corpo Docente é constituído por professores legalmente habilitados para o exercício do Magistério do Ensino Fundamental na forma da Legislação em vigor ou autorização a lecionar na forma da Lei e Técnicos em Educação em atividade na Escola.
O Corpo Discente é constituído por todos os alunos, regularmente matriculados na escola e em pleno gozo dos seus direitos regimentais.
O ano letivo terá, no mínimo, 200 dias letivo e 8000 horas de trabalho escolar, não incluindo o tempo reservado às provas e aos exames.
3.1.2 Estrutura Organizacional
3.1.2.1 Corpo Técnico Administrativo
Maria Deiva da Silva (nomeada)
3.1.2.2 Corpo Docente e Técnico Pedagógico
Nome | Nível | Função/Disciplina |
Zildenir Jorge de Morais Silva | Cursando Pedagogia | Secretária |
Ana Maria Gonçalves de Sousa | Superior | Coordenadora |
Federalina Quaresma de Moerais | Médio | Coordenadora |
Maria Esivalda Lucena Farias Dantas | Cursando Pedagogia | Auxiliar de Secretaria |
Lucicleide Quaresma de Morais | Médio | Auxiliar de Secretaria |
Maria Eunice de Oliveira Dantas | Superior | Prof. de apoio |
Rosânia Maria Alves Guedes | Médio | Prof. de apoio |
Licilene Quaresma de Morais | Magistério | Polivalente |
Francisca Parnaíba Gonçalves | Magistério | Polivalente |
Ana Maria de Nunes Freitas | Magistério | Polivalente |
Suenni Maria Gonçalves | Magistério | Polivalente |
Valdelice Honorato dos Santos Dias | Magistério | Polivalente |
Maria de Fátima Costa Batista | Magistério | Polivalente |
Ana Maria Duarte Claudino | Superior | Polivalente |
Roza Maria da Silva | Magistério | Polivalente |
Maria Cristiane Lemos Melo | Cursando Pedagogia | Polivalente |
Josefa Maria Leite | Cursando Pedagogia | Polivalente |
Josefa Franciêlma Duarte | Cursando Geografia | Polivalente |
Maria do Socorro Vasconcelos | Magistério | Polivalente |
Maria Ribeiro de Souza | Magistério | Polivalente |
Idalina Monalisa Moreira de Sousa | Magistério | Polivalente |
Clenúbia B. Leite Ramalho | Magistério | Polivalente |
Dolaite Gonçalves do Nascimento | Magistério | Polivalente |
Celma Leite Cezário Quaresma | Magistério | Polivalente |
Tereza Pereira Jorge | Cursando Pedagogia | Polivalente |
Tereza Suzana Alexandre Barbosa | Superior | Arte e Religião |
Rosângela Claudino Dantas Moreira | Superior | Português e Literatura |
Amaiston Bastos de Souza | Cursando Ciências | Ciências |
Telma Liberalino de Sousa | Cursando História | História |
José Alves de Lima | Contabilidade | Matemática |
Adelivânia Ferreira Leite | Cursando Pedagogia | Geografia |
Lucia Maria Dore Gonçalves | Superior | Inglês |
Francisco Pereira Neto | Cursando Pedagogia | Educação Física |
Kátia Virginia Quaresma | Magistério | EJA |
3.1.2.3 Corpo de Funcionários
Função | Total |
Zeladora | 08 |
Merendeira | 06 |
Vigia | 04 |
3.1.2.4 Corpo Discente
Séries | Turmas | Total de Alunos |
Ciclo I– Educação Infantil | 01 | 32 |
Ciclo I– (1ª série)– 7 anos | 02 | 51 |
Ciclo I– (2ª série)– 8 anos | 02 | 45 |
1ª série | 03 | 75 |
2ª série | 02 | 80 |
3ª série | 04 | 135 |
4ª série | 03 | 88 |
5ª série | 02 | 79 |
6ª série | 02 | 52 |
7ª série | 01 | 24 |
EJA | 01 | 20 |
| | |
Total | 24 | 681 |
O corpo discente desta escola faz parte da classe mais carente, deste município. Mas apesar disso, desempenha em sala de aula um bom rendimento, conseguindo aprovar-se a maioria desses alunos.
3.1.3 Proposta Curricular
3.1.3.1 Níveis e Modalidades de Ensino
Nessa escola, o ensino está dividido em dois segmentos: Educação Infantil, Ensino Fundamental, com carga mínima de 800 horas para o fundamental I e 880 horas para o fundamental II, distribuídos em 200 dias letivos.
3.1.3.2 Quadro de Matrícula
Educação Infantil
Série | N° de Turmas | N° de Alunos | Total |
Alfabetização | 01 | 32 | 32 |
Total Geral | 01 | 32 | 32 |
Fundamental
Séries | N° de Turmas | N° de Alunos | Total |
| | | |
Ciclo I (7) | 02 | 51 | 51 |
Ciclo I (8) | 02 | 45 | 45 |
1ª série | 03 | 75 | 75 |
2ª série | 03 | 80 | 80 |
3ª série | 04 | 135 | 135 |
4ª série | 03 | 88 | 88 |
5ª série | 02 | 79 | 79 |
6ª série | 02 | 52 | 52 |
7ª série | 01 | 24 | 24 |
Total Geral | 22 | 599 | 599 |
EJA – Educação de Jovens e Adultos
Séries | N° de Turmas | N° de Alunos | Total |
EJA | 01 | 20 | 20 |
Total Geral | 01 | 20 | 20 |
3.1.3.2 Grade Curricular
Legislação | Área de Ensino | Componentes Curriculares | Carga Horária Semanal | Anual | |||||||
1ª | 2ª | 3ª | 4ª | 5ª | 6ª | 7ª | 8ª | | |||
LDB – Lei de Diretrizes e Bases Da Educação Nacional – Lei n° 9.394/96 | Linguagens e Códigos | Língua Portuguesa | 05 | 05 | 05 | 05 | 04 | 04 | 04 | 04 | |
Inglês | - | - | - | - | 02 | 02 | 02 | 02 | |||
Arte | 01 | 01 | 01 | 01 | 01 | 01 | 01 | 01 | |||
Educ. Física (recreação) | 01 | 01 | 01 | 01 | - | - | - | - | |||
Educação Física | - | - | - | - | 01 | 01 | 01 | 01 | |||
Ciências Humanas | História | 03 | 03 | 03 | 03 | 02 | 02 | 02 | 02 | ||
Geografia | 03 | 03 | 03 | 03 | 02 | 02 | 02 | 02 | |||
Ensino Religioso | - | - | - | - | 01 | 01 | 01 | 01 | |||
Ciências da Natureza | Ciências Naturais | 02 | 02 | 02 | 02 | 02 | 02 | 02 | 02 | ||
Matemática | 05 | 05 | 05 | 05 | 04 | 04 | 04 | 04 | |||
| | | | | | | | | |||
Parte Diversificada | Literatura | - | - | - | - | 02 | 02 | 02 | 02 | ||
Técnica em Redação | - | - | - | - | 01 | 01 | 01 | 01 | |||
Total | 20 | 20 | 20 | 20 | 22 | 22 | 22 | 22 | 880 |
Dias Letivos – 200
Semanas Letivas – 40
Garga Horária Anual: Fundamental I – 800
Fundamental II – 880
3.1.3.3 Atividades Pedagógicas Complementares
Durante o ano a escola promove encontros com as famílias, oferecendo-lhes um lanche especial e os alunos fazem algumas apresentações como: peça teatral, show com músicas, e o tradicional arraiá das festas juninas.
Palestras com temas importantes, também são realizadas.
A escola promove torneio esportivo em duas ocasiões diferentes. Os alunos nestas disputas esportivas participam ativamente de jogos interclasses e em seguida entre outros colégios.
3.1.4 Estrutura Física
3.1.4.1 Salas de Aula
A escola tem 12 salas de aula, medindo 8x8 cada uma. São bastante arejadas com boa iluminação. A escola fica à margem de uma estrada movimentada. O ambiente é decorado adequadamente, o que dá ao educando uma vista prazerosa.
3.1.4.2 Salas Especiais, Leitura e Vídeo
Não existe.
3.1.4.3 Pátio para Recreação
A escola tem uma área de 5000 m², administrativa da seguinte maneira: 3.200 m² é uma área propícia ao lazer, onde existe uma quadra com arquibancadas, que recebe um total de 300 pessoas.
A quadra é utilizada na prática de esportes para o alunado e para aula de Educação Física.
Não há brinquedos na escola até o momento.
3.1.4.4 Salas para o Setor Administrativo
Tudo que se diz respeito ao setor administrativo está organizado em um só cômodo, em forma de semicírculo, dividido por paredes de alvenaria. Neste local tem: a diretoria, a secretaria,, tudo em perfeito funcionamento oferecendo um espaço satisfatório para a instalação dos mesmos. E na divisa do diâmetro existem dois cômodos para banheiros: masculino e feminino, sendo cada um dividido em quatro, com chuveiro e pia.
3.1.4.5 Laboratórios / Auditórios
Laboratórios não possui na escola, mas possui um bom auditório: espaçoso, arejado, que fica situado em uma área dos fundos da escola. Tem capacidade para receber 200 pessoas, mas atualmente, se encontra em estado deteriorado.
3.1.4.6 Biblioteca
A biblioteca funciona precariamente porque seu acervo não é atualizado. Todo o aluno tem acesso aos livros e podem pesquisar o que precisam em seus livros e revistas.
3.1.5 Reflexão Descritiva Sobre o Diagnóstico da Escola
A Escola de Ensino Fundamental Dr. Jarismar Gonçalves Melo, está localizada na Avenida Dr. Arruda, n° 37, Ipaumirim – Ce. Criada pela Lei Municipal n° 05/99 no dia 21 de janeiro de 1999 e inaugurada no dia 06 de março de 1999, pertencente a Rede Municipal de Ensino, sociedade civil e fins educacionais. A Escola recebeu este nome em homenagem ao filho ilustre de Ipaumirim, juiz de direito.
A Escola tem uma boa estrutura física, contendo 12 salas de aula, medindo 8x8 cada uma, com pátio para recreação, com uma área de 5000 m², 3.200m², é uma área propicia ao lazer, quadra de esporte com arquibancadas. A biblioteca funciona precariamente porque seu acervo não é atualizado.
A escola continua com um bom crescimento. O construtivismo é a concepção filosófica adotada. O ensino dentro de sua trajetória, tem proporcionado à comunidade uma boa educação, contribuindo para o desenvolvimento deste município. O ensino mostra uma fase bem diferente: a de humanizar, educar mais fundo e tornar mais humana. E sem dúvida nenhuma, investir na educação de hoje é investir no país de amanhã.
No “Dia Nacional da Família na Escola”, pais, alunos e mestres têm a liberdade de expor suas idéias, sem nenhum constrangimento. As atividades esportivas e culturais são levadas ao conhecimento do aluno com precisão. O planejamento dos professores que é bastante assíduo.
Um dos principais objetivos da Escola é preparar o aluno para a vida, para o mercado de trabalho e para o livre exercício de sua cidadania, compreender a cidadania como participação social e política, assim como os exercícios de direitos e deveres políticos, civis e sociais, adotando no dia-a-dia, atitudes de solidariedade, cooperação e repúdio as injustiças, respeitando o outro exigindo para si o mesmo respeito.
A escola oferece educação básica no nível de Ensino Fundamental, onde são ministradas as disciplinas: Língua Portuguesa, Língua Inglesa, Matemática, História, Geografia, Ciências, Artes, Religião, Técnica de Redação, Literatura e Educação Física. Mantém também os seguintes órgãos: Conselho Escolar, Direção Administrativa, Direção Pedagógica, Secretaria, Biblioteca, Arquivo, Serviços auxiliares e Comunidade Escolar.
O corpo docente é constituído por professores legalmente habilitados. O corpo discente é constituído por todos os alunos matriculados na escola. O ano letivo tem no mínimo 200 dias letivos com 800 horas de trabalho escolar.
Na Escola o ensino está dividido em dois segmentos: Educação Infantil e Ensino Fundamental.
Observei que o Programa Bolsa-Escola trouxe muitas crianças para a escola, onde elas têm o prazer de estudar.
3.2 Paralelo Entre a Minha Prática Docente Antes e Depois do Curso, Destacando o Planejamento, sua Execução e Avaliação.
É sempre bom fazermos comparações do antes e depois. A realidade hoje é bem diferente de antes. Depois que passei a freqüentar os bancos de uma Universidade, tenho outra visão sobre o ensino / aprendizagem. Quando adquire-se outros conhecimentos, adquire-se novas formas de transmitir conhecimentos e metodologias. Na prática docente as formas de relacionamentos e questionamentos são constantes, o que não era comum antes do curso.
A necessidade de melhoria, através de métodos inovadores, uma busca incessante de mudanças na forma de pensar e agir fez com que eu valorizasse muito mais ainda este curso. É sempre bom querer mudar para melhor e essa mudança precisa começar por nós educadores. A partir deste curso, faço reflexões constantemente sobre a minha prática docente, tentando passar para os alunos uma nova visão do que é educação, procurando formar novas idéias, arrancando de dentro de cada um, a capacidade de criar, instigando-os as descobertas e desafios.
Educar é preparar o aluno para a vida com capacidade de transformar a sociedade. Formando o aluno para o exercício da sua cidadania é papel importante no processo educativo.
Podemos dizer que o planejamento das atividades deve estar presente em qualquer situação, de forma que o planejamento podemos repensar o nosso cotidiano de sala de aula, superar as dificuldades e desenvolver com sucesso nossa prática docente.
A execução do planejamento das atividades na Escola de Ensino fundamental Dr. Jarismar Gonçalves Melo, é desenvolvida bimestral. Os encontros para planejamentos e questionamentos a respeito das aulas a serem ministradas, obedecendo ao calendário de planejamento adotado pela escola, com a participação de professores e coordenadores. É uma troca de experiências, através de novas estratégias que visam a melhoria de ensino aprendizagem.
A avaliação é feita de forma contínua e processual, buscando contemplar todos os lados, todas as dimensões do educando, de maneira que o mesmo possa atingir uma boa formação.
O processo de planejar, executar e avaliar, exige do docente uma postura consciente do compromisso, responsabilidade e seriedade, e se acrescentarmos a tudo isto uma pequena dose de criatividade e sensibilidade, o resultado será perfeito”.
3.3 Auto-avaliação da Prática Docente
A partir da realização dos trabalhos e dos projetos executados, recomenda-se uma avaliação dos resultados, numa tentativa de medir ou verificar se os objetivos foram alcançados. Pode-se também, detectar os erros para os mesmos possam ser corrigidos. Essas ações são necessárias, pois buscam a interação e a integração entre o conteúdo de ensino e metodologia de trabalho aplicada de forma consciente, procuramos beneficiar aos educandos, colocando o ensino aprendizagem como instrumento maior para a construção e transformação do ser humano, a sua socialização e de uma maneira especial a sua libertação. É um compromisso firmado entre educador e educando no intuito de criar uma educação de qualidade, onde o nível de ensino busque mudar a realidade.
O importante disso tudo é que as camadas possam ser atingidas e que esta transformação aconteça de forma ampla e harmônica, levando em conta a realidade em que vivemos para que tudo não passe de um sonho impossível ou uma tentativa em vão. Não basta só sonhar é preciso transformar em realidade.
Procurei aproveitar minha disposição e aceitar esta nova batalha, como forma de conseguir outros conhecimentos, descobrir nova s metodologias e de certa forma mudar a cara da educação, resgatando valores, redescobrindo novas qualidades. Tudo isso é possível, quando procura-se mudar, transformar para a melhoria do educando. A questão disso, não é descarta-la e sim aproveitar tudo de bom que possa ser oferecido para um bom crescimento na qualidade intelectual. Refiro-me principalmente à pratica educativa dos métodos de ensino.
Ser um educador questionador de seu próprios atos é o principal alvo do processo educativo.
A partir deste curso vejo a nova educação, os métodos de ensino como potencial de qualidade.
Educação com cara nova, educadores conscientes e compromissados, capazes de realizar grandes mudanças no campo da Educação Nacional.
Com este curso, posso contribuir para a educação do município de Ipaumirim, bem como para qualquer lugar que eu esteja. E até mesmo para outras instituições.
3.4 – Relatório do Mini-curso Corte e Costura
As alunas do curso de pedagogia da UVA, Josefa Maria, Fátima Jorge, Adelivânia, Conceição Barbosa, com a orientação do Professor Aloízo, desenvolvemos um belíssimo trabalho dando um mini-curso de Corte e Costura. Demos preferência a este curso porque os profissionais na área estão escassos, talvez pelo grande número de roupas fabricadas e a preços baixos. Observamos que há grandes procura de costureira com experiência. Notamos que a maioria das pessoas que trabalham em confecções de roupas, sabem fazer apenas uma operação para a montagem da peça de roupa, e não sabem definir completamente, isso acontece como no antigo modelo industrial, onde cada operário tem sua função. O essencial é que cada operário, saiba exercer sua função por completo.
A arte lida com o aspecto criativo da pessoa que de certa forma estará contribuindo com suas experiências dentro do seu campo de conhecimento.
Este curso é importante e tem como objetivo de buscar e organizar informações sobre a arte em contato com o profissional, interagir com os materiais, instrumentos e procedimentos variados na arte de corte e costura.
Para dar início ao nosso trabalho, distribuímos panfletos e com o número de vagas limitadas. Observamos que este curso deixou muitas pessoas interessadas. O mini-curso beneficiou as pessoas do sexo feminino com idade entre 15 e 35 anos, dando preferência atender a classe mais carente do município, com o 1º grau completo.
O curso foi realizado no atelier da residência de Josefa Maria Leite (aluna), local reservado para este trabalho, contendo todos os materiais disponíveis.
O nosso trabalho produzido surgiu a partir da apresentação dos materiais de costura, instruções como modelar, cortar e costurar as peças trabalhadas; saia, blusa, vestido, short. Para dar procedimento ao nosso trabalho usamos alguns recursos como: carretilha, papel madeira, tesoura, tecido, giz, linha, zíper, botões, tuna, elástico, agulha, mesa de corte máquina de costura reta e overloque.
O curso teve início no dia 09 de junho e terminou no dia 20 do mesmo mês. Teve duração de 30hs/aula, no período das 14hs às 16hs. Fizemos o cronograma de trabalho com as seguintes atividades:
ü 09/06- Inscrições e entrega dos materiais.
ü 10/06- Aula teórica com a equipe orientadora e manual de instruções.
ü 11/06- Tiraram os moldes da peça que foram trabalhadas, utilizaram carretilha, papel madeira, lápis, tesoura.
ü 12/06- Cortaram e costuraram uma saia. Utilizaram, molde, linha, tecido, agulha , tesoura, zíper, giz e máquina.
ü 13/06- Cortaram e costuraram uma blusa. Utilizaram, molde, tecido, giz, linha, botões, agulha, máquina.
ü 14/06- Cortaram e costuraram um vestido. Utilizaram molde, tecido, linha, agulha, zíper e máquina.
ü 16/06- Cortaram e costuraram uma calça. Utilizaram, molde, tecido, linha, agulha, zíper, máquina, abotoadura.
ü 17/06- Cortaram e costuraram um short. Utilizaram, molde, tecido, botões, linha, agulha, zíper.
ü 18/06- Cortaram e costuraram uma camisa. Utilizaram, molde, tecido, botões, linha, agulha, zíper e entutela.
ü 20/06- Avaliação dos trabalhos.
Todas as peças foram usadas os mesmos materiais.
Após a execução dos trabalhos, foram avaliados, considerando capacitado o aluno que cortou e montou uma peça sem o auxilio da orientadora.A entrega do certificado foi imediato o curso.
CAPÌTULO IV
Planejamento Participativo na Escola de Ensino Fundamental Dr. Jarismar Gonçalves Melo
4.1- Descrição do Tema
Planejamento muito se tem falado sobre ele e sua importância, a necessidade de sua existência, etc, todavia cada vez que se faz referencia a esta temática a imaginação alça alguns vôos, viaja e quase como sendo “algo” burocrático o qual se liga como administração financeira de recursos humanos gerenciamento. Neste sentido é importante que se faça algumas considerações que ajudem a pensa-lo de modo mais claro.
As indagações são muitas, todavia pode-se começar pela definição de alguns conceitos. Por exemplo, o que é mesmo esse ato de planejar? Depende de para quem se está planejando, por que se está planejando. O que está planejando e com que finalidades.
Não existe uma única verdade, pronta e acabada para todas as questões que são postas. Depende do lugar ocupado por quem está falando da visão que se tem de homem, de mundo, de educação de desenvolvimento, de aprendizagem e do que se deseja alcançar.Planejar entretanto é uma forma de intervir sobre a realidade seja para perpetuá-la seja para transforma-la. No dizer de Luckesi¹, planejar é uma ação política, é um processo de tomadas decisões para ação, frente a entendimentos filosóficos políticos do mundo e cada realidade.
O planejamento, portanto, se configura enquanto um dos momentos, importantes da Prática Social e do fazer cotidiano, porque é um momento da prática social e do fazer cotidiano, porque é um momento de realizações de tomadas de decisões que se reflete nas práticas educativas que ai se encontram, podendo ser compreendida e realizada.
Planejar é desenvolver um processo técnico para contribuir num projeto sua finalidade é transformar sua realidade global.
Entretanto, o planejamento participativo é o que mais se aproxima da proposta que se desenha.( mesmo que ainda no nível do deseja), tendo em vista ser ele que aponta para a possibilidade de uma participação ativa, na qual os sujeitos individuais ou coletivos definem a partir da realidade existente, as questões que lhes afligem e precisam ser enfrentada. Não faz mal lembrar que o planejamento surgi sempre de um problema, de um desejo, de uma ausência.
O planejamento se constitui não apenas um instrumento técnico, mas sim uma forma de pensar, de refletir e de buscar alternativas para alcançar os objetivos comuns do grupo, com todos os seus conflitos e contradições.
1 - Luckesi, (1993, P. 16)8
O exercício de construção de planos orientados, pelo o modelo participativo; acredita-se, é uma das grandes possibilidades de ampliação de repertório de conhecimento e habilidades necessárias a garantir que o direito da criança a um desenvolvimento educacional, seja efetivado se ampliando também para os demais seguimentos que tiverem envolvidos com essa questão.
4.2 Planejamento em Questão
4.2.1 Levantamento da Problemática
No cotidiano das escolas, em especial no final e no inicio do ano, estão presentes uma série de práticas como indicar livros didáticos, preencher formulários com objetivos, conteúdos, estratégias, avaliação, etc. o que se percebe no entanto, é que freqüentemente estas práticas são feitas mecanicamente, cumprindo prazos rituais formais, vazio de sentido. É muito comum o professor considerar tudo isso como mais uma burocracia.
O que observa na escola:
- Planos são entregues e engavetados;
- A prática do professor em sala de aula, não leva em conta o que foi colocado no plano;
- Planos são copiados de livros didáticos;
- Planos são copiados pelo do colega;
- Planos são copiados de um ano para outro;
- Coordenadores, orientadores, supervisores ficam cobrando exaustivamente para que os professores entreguem os planos;
- Escolas fazem seus projetos e ficam esquecidos.
Planejar parece identificando como preencher planos e, ainda para os outros (supervisão, direção, secretaria).
Numa observação mmais atenta, o que se verifica é que os professores, de fato não acreditam nos planos que lhes são solicitados fazer.
4.3 Análise do Problema
4.3.1 Retrospectiva Histórica
Ao analisarmos a história da educação escolar, percebemos diferente concepções do processo de planejamento, de acordo com cada contexto sócio-político cultural. A professora Morgott Ott², aponta três grandes momentos da história do planejamento:
§ A fase do principio prático:
Esta fase está relacionada a tendência tradicional de educação em que o planejamento era feito sem preocupação formal pelo professor e tendo como horizonte a tarefa a ser desenvolvida em sala de aula.
2. M. OTT. Planejamento de aula; Circunstancial ao Participativo
O planejamento pedagógico do professor no sentido tradicional, a rigor não era bem planejado, era muito mais do que um “roteiro” que se aplicaria, fosse qual fosse a realidade. No entanto, observa-se que o plano realmente orientava o trabalho do professor, tinha de fato uma função, ou seja, havia uma estreita relação entre planejar e acontecer. Sabemos de caso em que os professores deixavam de dar aula por não estarem em seus apontamentos.
§ A fase instrumental
Teve início no final da década de setenta relacionada à tendência tecnicista de educação onde o planejamento aparece como a grande solução para os problemas de falta de produtividade da educação escolar; sem no entanto questionar os fatores sócio-político-econômicos.
O saber do professor foi sendo paulatinamente, criou-se um mito em torno do planejamento, como se fazer um bom plano “garantisse automaticamente”. Uma boa prática pedagógica. “em outras palavras, ensina bem o professor a elaboração do documento denominado plano”³
Planejar passou a significar preencher formulários com objetivos educacionais gerais, objetivos programáticos, estratégias de ensino, avaliação de acordo com os objetivos, etc.
§ A fase do Planejamento Participativo.
Esta nova forma de encarar o planejamento é fruto da resistência e da
3. J. C. FUSARI, O Planjamento Educacional e a prática do educador. P. 33.
percepção de grupos de educadores que se recusavam a fazer tal graduação do sistema e foram buscando formas alternativas de fazer educação, portanto, de planeja-la. O saber deixou de ser considerado como propriedade de “especialistas”. Passando-se a valorizar a participação, o diálogo, o poder coletivo local, a formação da consciência critica a partir da reflexão sobre a prática transformadora.
4.4 Possibilidade e Necessidade do Planejamento
4.4.1 É Possível Transformar a Realidade
Se planejar significa antever uma invenção na realidade visando sua mudança a possibilidade do planejamento está intrinsecamente ligada a possibilidade desta transformação vir a ocorrer.
A alteração da realidade é o grande desafio do homem, uma vez que por esta atividade, o homem se faz, se constitui enquanto tal, se transforma também.
4.4.2 Professor Como Agente de Transformação
No processo de transformação, todos têm um papel a desempenhar: professores, equipe de coordenação e direção, alunos, pais, funcionários, supervisores, autoridades, comunidade local, etc.
O mais importante vem ser de acordo com o compromisso que assume com a transformação e a conseqüente organização e ação de intervenção na realidade. Pela história, já que vimos movimentos de mudança surgirem estudante, professores, de equipe de coordenação e direção de órgãos governamentais, etc. a mudança se fará a partir desta interação.
O professor, no entanto, é um dos principais agentes de mudança do ensino.
1 – Por está em contato direto com os alunos.
2 – Por ser o profissional da educação.
3 – Por ser um dos mais interessados em resolver os problemas.
Sabemos que não tem superpoderes, mas por outro lado, atuar onde lhe é possível, tem sentido em função do seguinte:
- Prepara, pela acumulação de pequenas práticas renovadas, um salto qualitativo.
- Ajuda a localizar onde está realmente o problema, quais os fatores determinantes.
- É educativo: forma a fibra, a determinação, a garra de quem está se comprometendo com a luta.
4.4.3 Necessidade do Planejamento
Num sentido mais geral, podemos dizer que a atividade tipicamente humana, consciente, está constantemente marcada por um ato de planejamento. O que estamos buscando agora é uma forma mais adequada à realidade educacional. Planejar de alguma forma, com maior ou menor rigor, o professor sempre planeja. A questão que se coloca é superar o planejamento espontâneo, em direção ao consciente, fazer um plano bem elaborado para que de fato, as atividades em aula propiciem o máximo aproveitamento. É uma questão de respeito a si e ao grupo.
4.4.3 Contribuições do Planejamento
O planejamento ajuda:
- A organização adequada do currículo racionalizando as experiências de aprendizagem tendo em vista tornar a ação pedagógica mais eficaz e eficiente.
- A estabelecer a comunicação com os outros professores, visando a interação curricular.
- A racionalizar o tempo;
- A auto-formação do professor, já que se possibilita a pensar mais sistematicamente sobre a realidade, sobre a proposta; sobre a prática, ajudando, pois a diminuir a distância teórica-prática; evitando a rotina viciada e a improvisação;
- O estabelecer, a comunicação e a participação dos alunos.
Um bom planejamento certamente de repercussão na disciplina, uma vez que as necessidades dos alunos estão sendo levadas em conta e o professor tem maior convicção daquilo que está propondo.
4.5 Planejamento Enquanto Instrumento para a Práxis Pedagógica.
Planejar é antecipar mentalmente uma ação a ser realizada. É buscar fazer algo incrível, essencialmente humano: o real ser comandado pelo ideal.
A essência do planejamento envolve três dimensões: a ação a ser realizada não uma ação qualquer, mas uma ação que visam fim, e por sua vez, tanto o fim quanto a ação estão referido a uma realidade a ser transformado.
Planejar é também se comprometer com a concretização daquilo que foi elaborado enquanto plano. É fazer história, uma tentativa de fazer ela consciente entre passado, presente planejar ou não, há um “fluxo” do tempo. Planejar é tentar interferir neste fluxo no devir.
§ Planejamento x Plano
Planejamento é o processo de reflexão, de tomada de decisão. Plano é o produto que como tal pode ser explicitado em forma de registro, de documento ou não.
O planejamento, enquanto processo, é permanente. O plano enquanto produto é provisório.
“O planejamento da educação escolar pode ser concebido como processo que envolve a prática docente no cotidiano escolar, durante todo o ano letivo, onde o trabalho de formação do aluno através do currículo escolar, será priorizado”.
§ Fundamentos da Elaboração do Planejamento.
A elaboração do planejamento se dá tendo como referência as três dimensões da ação humana consciente: realidade, finalidade e mediação.
- Realidade: planejar como vivemos é tentar prever, amarrar os acontecimentos no tempo futuro ao nosso desejo. Para isso é preciso dominar o movimento do real, tendo em vista nele entrar, seja no sentido de usufruir ou de transformar. Só é possível planejar por existirem regularidades; é o que permite prever, caso contrário caos; nada a planejar, só deixar fluir. O grande desafio é domínio dessas regularidades. “A ordem lógica segunda a qual se processa o curso dos fenômenos é o principio da possibilidade da ação previsível”.
5 – J. C. Fusari, o papel do planejamento na formação do educador, p. 9.
6 – A. V. PINTO, Ciência e Existência, p. 145.
- Finalidade: ao assumir finalidades, o homem nega a realidade presente e afirma uma outra ainda não existente. A determinação da ação passa a vir não simplesmente, do passado ou do presente, mas também do futuro.
A finalidade deve ser aberto, um projeto dinâmico.
O caráter finalista deve ser aberto um projeto dinâmico.
O caráter finalista que reveste certas idéias provém do engajamento do homem da sua luta pela sobrevivência, da sua não adaptação.
Para a transformação da realidade é necessária a imaginação, a criatividade afim de projetar uma possibilidade de organização diferente da que temos. Podemos lembrar de Einstein: “nada existe na ciência que não tenha estado antes na imaginação”. Para planejar é preciso imaginar, uma imaginação descomprometida, mas sim baseada em experiências anteriores.
- Mediação: é a previsão das ações, do movimento, da seqüência, de operações a serem realizados para a transformação da realidade.
A atividade reflexiva projetivo mediadora é característica desta dimensão. São idéias que tem função de poder representar prefiguradamente uma ação a fazer. Trata-se de buscar construir a imaginação mental do caminho a ser seguido, ser capaz de visualizar o movimento na situação futura: como ocupar o tempo e o espaço.
7 – C.F.A.V. Pinto, ciência e existência, p. 144.
§ Necessidade de Participação no Planejamento
O conceito de planejamento que estamos plasmando traz consigo uma outra exigência: a participação. Concebemos o planejar como uma oportunidade de repensar todo o fazer na escola, como um instrumento de formação nos educadores e educandos, bem como de humanização, de desalienação e de libertação. Colocamos como pano de fundo de todo o processo de planejamento, o desafio de transformação, ou seja, de conseguirmos de fato criar algo novo, ousar, avançar, dar um salto qualitativo.
O fato de ir buscar o planejamento participativo tem a ver com opções de ordem ética e programática.
A participação é um valor, é uma necessidade humana. É uma questão de respeito pelo outro, de reconhecimento de sua condição de cidadão, de sujeito, de sentir, pensar, fazer e poder.
A atividade educacional é extremamente completa e envolve em rol enorme determinantes. A participação favorece a que um conjunto de fatores determinantes se articulem em torno de uma mesma direção, o que aumenta a probabilidade de que as coisas venham se concretizar. A participação, portanto, é também um elemento estratégico, é uma forma de diminuir pela negociação, pela busca do consumo ou de hemogenia as resistências próprias agentes internos á instituição.
Quanto maior o nível de participação, maiores as chaces de vermos o planejado realizado.
A participação deve se dar em todas as instâncias: discussão, decisão, colocação em prática, avaliação é fruto de trabalho.
A participação é um processo de colaboração de tomada decisão e de construção coletiva, plural e igualitário e de reconhecimento de garantia de direitos.
Planejamento participativo é uma forma concreta de viver à participação: todos na forma que depende seu saber próprio, de sua adesão e de sua consciência, organizam em conjunto seus problemas, seus ideais, seu saber, seu conhecimento, da realidade suas propostas de ação. Crescem juntos, transformam a realidade, criam novo.
Um trabalho dessa ordem engrandece a todos os que dele participam.
Planejar, então para quê? Para transformar seu trabalho, a relação com os alunos, sua pessoa, a escola, sua comunidade, a sociedade.
CAPÍTULO V
Perspectivas do Curso
5.1 Minhas Perspectivas
Ingressar na Universidade no curso de Pedagogia foi emocionante para mim, foi um grande sonho que realizei, porque gosto de ser educadora. Concluí-lo sem dúvida foi grande vitória, porque as dificuldades é extremamente enorme para chegar lá. Procurei aproveitar minha disposição e aceitar esta nova batalha como forma de conseguir mais conhecimentos, descobrir novos métodos e tentar mudar a educação, resgatando seus valores e tornar uma educação de qualidade, e que os brasileiros sejam os melhores do mundo. Tudo isso é possível quando nos esforçarmos para mudar e melhorar.
Ser um educador questionador de seus próprios atos, que procure transformar o educando num sujeito instigador que é o principal alvo deste processo. Esta mudança com certeza está acontecendo, a partir do momento que o educador procura descobrir suas potencialidades e proporcionando assim, profundas realizações para ele próprio e para o educando.
A partir da conclusão deste curso estou vendo a nova educação, os métodos de ensino, não só meus, e sim, de todos aqueles que estão concluindo este curso.
Educação com cara nova, educadores conscientes e compromissados, capazes de realizar grandes mudanças no campo da educação nacional.
Procurarei colocar em prática tudo o que aprendi durante este curso. Adotarei os métodos adequados e incentivadora para que no futuro, alunos possam colher dentro de suas próprias casas os bons frutos de tudo que eles conseguiram semear na escola.
5.2 Sugestões para uma Melhoria no Campo da Educação Brasileira
É por demais importante que o educador esteja consciente que a mudança é possível e que a partir do seu compromisso com a educação e com o educando, este torne-se construtor do seu próprio conhecimento e o mais importante sujeito é este processo. É preciso também que o educador demonstre bom senso nas suas tomadas decisões, orientações de atividades. Quando este procura instigar o aluno a aprender a descobrir, a pesquisar, a conhecer, devendo conscientiza-los que isso é fundamental para torna-lo sujeito do ensino / aprendizagem.
É preciso diante das circunstancias que o educador respeite o educando de forma que este também o respeite para que a relação entre eles seja, na medida do possível, harmônica. Ter compromisso, seriedade, equilíbrio, ética respeito, bom senso, são qualidades indispensáveis no educador.
5.3 Análise da Prática Pedagógica a Luz do Tema.
Trabalhar com este tema de Planejamento participativo, fez me engrandecer muito mais porque aprendi como trabalhar em conjunto se organizando para realização de alguns projetos. Com isso posso transformar meu trabalho, a relação com os alunos, minha pessoa, a escola, a comunidade e a sociedade.
Como vimos que planejar é antecipar mentalmente uma ação a ser realizado e o empenho no ato de planejar depende do quando julgamos aquilo.
Quando todos colaboram tomam decisão, mostram suas propostas de ações a educação se torna de qualidade.
Existe uma diferença entre plano e planejamento. “Plano fica no papel” e “o planejamento na cabeça”. Quero reavivar aspectos administrativos e pedagógicos dentro da Escola Dr. Jarismar Gonçalves Melo.
Sem querer simplificar os fatos e já o fazendo, pode-se afirmar que o planejamento vai adquirindo significativa importância social, quando se entende que ele pode ser um dos instrumentos, utilizados pelo homem na transformação ou conservação dos modelos sócio-políticos econômicos e educacionais.
CONCLUSÃO
De acordo com tudo que foi citado neste trabalho, pude concluir que, apesar das dificuldades encontradas e por mais complicada que seja é necessário que haja uma participação efetiva dentro da escola quando se trata de planejamento. A escola, é essencialmente um importante ambiente de socialização, repassando conhecimentos, formando idéias e opiniões, contribuindo assim para o bom desempenho na aprendizagem do aluno. Este trabalho deve ser realizado de forma pensada e organizadora.
Vale lembrar ao coletivo de professores que a troca de experiência, a diversidade e a heterogeneidade trazem riqueza para todos. Pois um trabalho dessa ordem engrandece-nos.
Este trabalho serviu-me para refletir sobre o meu papel de educadora, tenho certeza da minha grande importância na construção da educação dentro da minha comunidade.
As experiências vivenciadas no decorrer deste curso servirão como suporte para reflexões e melhorias na minha prática pedagógica.
BIBLIOGRAFIA
RIBEIRO, Maria de Jesus. Planos Municipais de Educação e Desenvolvimento Infantil: Uma Proposta de Construção coletiva. Fortaleza: SEDUC / UNICEF, 2002. P.40.